quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O por que os médicos usam roupas brancas

A história da utilização do uniforme branco pelos profissionais de saúde pode ser ilustrada por meio de uma imersão no mundo das artes.

Na obra A lição de Anatomia do Dr. Pulp (1632), o médico pintado por Rembrant vestia uma indumentária escura, cuja elevada gola branca não estava associada à profissão médica. Na época, era um acessório da moda similar às gravatas utilizadas atualmente com roupas sociais.

A visita do doutor, de Frans van Mieris e O médico rural, de David Teniers, são telas do século XVII que esboçavam a preferência dos médicos por roupas escuras como o preto, o verde-musgo e o marrom, para o atendimento aos pacientes.

Na segunda metade do século XIX, Louis Paster obteve a prova de que os micróbios e as bactérias eram letais e agravadores de doenças, o que tornou inquestionável a necessidade de esterilização e de limpeza nos ambientes hospitalares, bem como a utilização de roupas claras pela classe médica, a fim de facilitar a visualização de manchas, sujeiras, respingos de sangue, entre outros. A partir do final deste século, o uso do uniforme médico branco se tornou mais frequente, inclusive, em obras de arte.

Na obra Una lección de Claude Bernard, pintada por Louis Lhermite em 1889, o fisiologista francês Claude Bernard e sua equipe médica estavam trajados com aventais brancos de tecido espesso, similar ao utilizado por um açougueiro.


Ainda em 1889, a tela A Clínica Agnew, desenvolvida por Thomas Eakins, retratou médicos e estudantes utilizando jaleco branco.

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