A história
da utilização do uniforme branco pelos profissionais de saúde pode ser
ilustrada por meio de uma imersão no mundo das artes.
Na obra A
lição de Anatomia do Dr. Pulp (1632), o médico pintado por Rembrant vestia uma
indumentária escura, cuja elevada gola branca não estava associada à profissão
médica. Na época, era um acessório da moda similar às gravatas utilizadas
atualmente com roupas sociais.
A visita do
doutor, de Frans van Mieris e O médico rural, de David Teniers, são telas do
século XVII que esboçavam a preferência dos médicos por roupas escuras como o
preto, o verde-musgo e o marrom, para o atendimento aos pacientes.
Na segunda
metade do século XIX, Louis Paster obteve a prova de que os micróbios e as
bactérias eram letais e agravadores de doenças, o que tornou inquestionável a
necessidade de esterilização e de limpeza nos ambientes hospitalares, bem como
a utilização de roupas claras pela classe médica, a fim de facilitar a
visualização de manchas, sujeiras, respingos de sangue, entre outros. A partir
do final deste século, o uso do uniforme médico branco se tornou mais
frequente, inclusive, em obras de arte.
Na obra Una
lección de Claude Bernard, pintada por Louis Lhermite em 1889, o fisiologista
francês Claude Bernard e sua equipe médica estavam trajados com aventais
brancos de tecido espesso, similar ao utilizado por um açougueiro.
Ainda em
1889, a tela A Clínica Agnew, desenvolvida por Thomas Eakins, retratou médicos
e estudantes utilizando jaleco branco.
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